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Polianilina (PANI)

 

 

Aplicações: dissipação de cargas estáticas, blindagem eletromagnética [11], dispositivos eletrônicos, tintas anticorrosivas e sensores mecânicos [6]. Pode cumprir bem a função de fiação entre dispositivos eletrônicos [8]. Diodos emissores de luz, filmes para dissipação de carga estática, substituição de soldas metálicas, material catódico em baterias recarregáveis, janelas eletrocrômicas, capacitores, dispositivos fotoeletroquímicos, foto galvânicos e fotovoltaicos [11].

 

Características:

  • facilidade de polimerização [3, 5,12];

  • boa estabilidade térmica [4, 5, 6,12];

  • boas propriedades elétricas [4];

  • facilmente transformada na forma condutora a partir da protonação com ácidos fortes [5];

  • alto rendimento [7];

  • um material quebradiço com baixas propriedades mecânicas [5];

  • valores inferiores de tensão máxima e energia para o rompimento [5];

  • facilidade de síntese [5,6,7] e dopagem [5,6];

  • baixa resistência mecânica [6];

  • dificuldade de processamento [6];

  • valores elevados de condutividade [5];

  • propriedades eletrocrômicas [5];

  • proprieda­des de troca iônica [5];

  • grande estabilidade quando exposta ao ambiente [5];

  • obtida a partir de um monômero de baixo custo [3, 5, 7,12];

  • é azul no estado oxidado e amarelo no estado reduzido [8];

  • baixa solubilidade em solventes orgânicos [9];

  • exibe diferentes colorações quando se variam as condições de pH ou o potencial elétrico [7].

 

 

 

 

Estrutura Química:

 

 

 

 

 

 

Síntese:

    Existem diversos métodos para sinterizar polianilinas, como polimerização quimica, eletroquímica, fotoinduzida e catalisada por enzimas, no entanto, os dois primeiros métodos são os mais  utilizados.

   Utilizando-se um agente oxidante químico apropriado, a polianilina pode ser sintetizada quimicamente na forma de pó ou então, na forma de filmes finos pela oxidação eletroquímica do monômero sobre eletrodos de diferentes materiais inertes.

    A síntese eletroquímica é realizada em meio ácido contendo altas concentrações de anilina e pode ser feita mediante um potencial estático, ou por voltametria cíclica. Este método possui a vantagem de não necessitar de agente oxidante ou iniciador e, além disto, permite a formação de filmes finos com um polímero com maior grau de pureza.

    A síntese química também ocorre em meio ácido sob ação de um agente oxidante, ocorrendo precipitação do polímero na forma de um pó verde, dopado com o ácido utilizado na síntese. Estes métodos têm a grande vantagem de produzir um polímero de alto peso molecular e em grande quantidades.

    Uma grande variedade de agentes oxidantes e ácidos dopantes podem ser utilizados (MnO2, H2O2, K2Cr2O7, KClO3), sendo os sistemas mais comuns compostos de persulfato de amônio ou cloreto férrico como agentes oxidantes e soluções de ácidos inorgânicos (HCl, H2SO4, HClO4) como dopantes. O grupo funcional presente no ácido dopante (inorgânico, orgânico ou poliácido), tem grande influência sobre solubilidade, dispersão, condutividade elétrica, etc. da polianilina sintetizada [10].

     A polianilina torna-se condutora quando estados moderadamente oxidados (em particular a base esmeraldina) são protonados e portadores de carga são gerados. É este processo, geralmente chamado de dopagem por protonação, que faz das polianilinas uma classe singular dentre polímeros condutores [1]. 

 

 

 

Referências:

  1. MEDEIROS, E. S.; OLIVEIRA, J. E. ; CONSOLIN-FILHO, N.; PATERNO, L. G.; MATTOSO, L. H. C. Uso de Polímeros Condutores em Sensores. Parte 1: Introdução aos Polímeros Condutores, Revista Eletrônica de Materiais e Processos, v.7, n.2, p. 62 – 77, 2012.
     

  2. DAI, L. Intelligent Macromolecules for Smart Devices From Materials Synthesis to Device Applications,Hardcover, v. 16, p. 496, 2004.
     

  3. MAIA, D.J. ; DE PAOLI, M.-A; ALVES, O.L.; ZARBIN, A.J.G.; DAS NEVES, S. Síntese de Polímeros Condutores em Matrizes Sólidas Hospedeiras, Quimica Nova, v. 23, n. 2, p.204-215, mar 2000.
     

  4. PEREIRA, Nizamara Simenremis. Blendas Poliméricas Condutoras de Poli (o-metoxianilina) com Poli (metacrilato de metila): Preparação e Caracterização. Brasil, 2012. Tese (Doutorado) – Universidade de Brasília, Brasília, 2012.
     

  5. AMARAL, Thiago P.; BARRA, Guilherme M. O.; BARCIA, Fabio L.; SOARES, Bluma G. Estudo das Propriedades de Compósitos de Polianilina e Resina Epoxídica, Polímeros: Ciência e Tecnologia, v. 11, n. 3, p. 149-157, 2001.
     

  6. ROSA, Bruna dos Santos; MÜLLER, Daliana; BARRA, Guilherme Mariz de Oliveira. Obtenção de sensor de pressão à base de poli(etileno-co-acetato de vinila) com polipirrol ou polianilina, Exacta, v.8, n.1, p.27, 2010. 
     

  7. FAEZ, Roselena; REIS, Cristiane; DE FREITAS, Patrícia Scandiucci; KOSIMA, Oscar K.; RUGGERI,Giacomo; DE PAOLI, M.-A. Polímeros Condutores, Química Nova na Escola, N. 11, MAIO 2000.
     

  8. FERNANDEZ, Robson. Polímeros Condutores e suas Principais Aplicações na Indústria Eletrônica. Brasil, 2011. Monografia (Tecnólogo em Produção de Plásticos) – Faculdade de Tecnologia da Zona Oeste, São Paulo, 2011. 
     

  9. SANCHES, Edgar Aparecido. Estudo de XRD e SAXS Aplicados à Polianilina e à Poli(o-metoxianilina). Brasil, 2011. Tese (Doutorado em Ciência e Engenharia de Materiais) - Programa de Pós-graduação Interunidades em Ciência e Engenharia de Materiais, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2011.
     

  10. HANSEN, Betina. Metodologia para Produção de Biossensores Amperométricos Enzimáticos Utilizando Polímeros Condutores: Caso Polianilina. Brasil,2011. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Programa Pós-graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011. 
     

  11. NEVES, Silmara Das. Propriedades Fotoeletroquímicas da Polianilina. Brasil, 1997. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, 1997. 
     

  12. SANTANA, A. Polímeros condutores: Estudo e Utilização dos Polímeros Condutores. Brasil, 2012. Dissertação (Graduação de Tecnologia em Polímeros) – Centro Universitário Estadual da Zona Oeste, Rio de Janeiro, 2012.
     

  13. NJUGUNA, J.; PIELICHOWSKI, K. Recent developments in polyurethane-based conducting composites, Journal of Materials Science, v. 39, p.4081 – 4094, 2004. 

São Leopoldo, 2014.

Desenvolvido por: Manuela Prediger; Eliana Hoffmeister; Sofia Kohl; Giovanna Pierezan; Bruna Ruschel.

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